O Artista Plástico Leonardo Cardoso Celebra a Banda Mamonas Assassinas
O artista Leonardo Cardoso é graduado em Artes Plásticas (Licenciatura) pela Universidade Federal de Uberlândia.
Em homenagem aos 25 anos da trágica partida da divertidíssima banda Mamonas Assassinas, Leonardo criou uma série de ilustrações sobre a banda e nos deu a honra de saber como a arte o atravessou de modo a tornar-se um ilustrador autêntico e com referências de artistas diversos.
SUA PRIMEIRA IMERSÃO ARTÍSTICA
Meu primeiro contato com a arte começou de forma prática na infância, bem antes do início da vida escolar. Folhas de cadernos velhos, papéis de embalagens, pequenos espaços em branco em páginas de revistas... esses foram os primeiros suportes para a produção dos meus desenhos. Eu devia ter 4... 5 anos de idade quando nasceu em mim essa vontade louca de desenhar. Creio que foi aí que comecei, foi o ponto de partida do meu interesse pelo mundo a arte. O meu interesse pelo mundo arte de fato ocorreu na faculdade, foi lá eu me aprofundei de verdade no universo da arte.
SOBRE A SÉRIE DE ILUSTRAÇÕES: MAMONAS ASSASSINAS
Sempre fui um grande fã dos Mamonas Assassinas, adorava ver as apresentações do grupo nos programas de tv e amava ouvir as canções. A morte deles foi um evento triste, um amargo ponto final de uma trajetória artística espetacular. Durante muito tempo eu fiquei sem ouvir as músicas da banda, era triste ouvir e saber que tudo ali havia acabado de forma trágica. Mas depois de algum tempo, voltei a escutar novamente. A ideia de fazer a série de desenhos para lembrar os 25 anos de saudade do grupo, partiu dessa admiração que eu tenho, foi uma maneira de lembrar do legado da banda na história da música brasileira, um fenômeno que provavelmente nunca mais irá se repetir.
UM TRABALHO COM INFLUÊNCIAS DE PESO
A respeito de minhas influências artísticas, destaco os desenhistas brasileiros Marcatti, Lourenço Mutarelli e o Angeli, e o americano Robert Crumb. Minha arte também tem influência de nomes conhecidos no meio acadêmico, como por exemplo Francis Bacon, Keith Haring, Basquiat, Egon Schiele, Modigliani. Tem influência do cinema também: filmes de Zé do Caixão, cinema marginal em geral (pornochanchada, cinema da Boca do Lixo), o cinema de Luis Buñuel...
Da literatura e filosofia: literatura beat, Charles Bukowski, Nelson Rodrigues, Nietzsche, Emil Cioran, Schopenhauer, Marquês de Sade e etc. E da música, é claro: a estética suja do movimento punk e do metal old school.
DIVULGAÇÃO DAS SUAS OBRAS
Participei de uma mostra coletiva de um projeto cultural sobre a Congada (Congadas Desenhantes) e de várias mostras do projeto Uberinvasão, evento comandado pela artista visual uberlandense Alessandra Cunha. Meu grande espaço de exposição mesmo são as redes sociais (Facebook e Instagram), locais onde consigo alguma visibilidade. Esse negócio de expor em galerias e etc é um troço muito burocrático, dá trabalho demais.
Leo suas charges são fantásticas. Parabéns!
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