CHARLES SOULZ PROJECT
Por: Natália Almeida*
CHARLES SOULZ PROJECT é um projeto do
tecladista, produtor e compositor Charles Soulz
influenciado por nomes como Neal Morse, Pain of Salvation, Ayreon,
Haken e Steven Wilson.
Cinco meses após o lançamento de “REPROG”, Charles Soulz está de
volta. Dessa vez com o single “Can I Save My Life Again?” novamente com grandes
participações. Vem mais um EP ou álbum por aí? É sobre o que foi feito e sobre os planos futuros que conversamos com Charles!
IMERSA S/A: Primeiramente agradeço por ter aceitado o nosso convite para nos contar sobre o seu projeto solo.
Charles: Eu que agradeço, vai ser um prazer bater esse papo com você.
IMERSA S/A: Conte-nos um pouco sobre a sua trajetória musical.
Charles: Eu comecei cedo com meu pai me ensinando os primeiros acordes (ele sempre teve a música como hobby e sabe tocar alguns instrumentos), depois fiz aulas com professores mesmo, e com 8 anos já me apresentava ao vivo na banda do meu pai. Era um som mais regional porém eu já curtia rock e ouvia bandas como Pink Floyd, Queen, Bon Jovi, Guns N’ Roses, Legião Urbana, etc... Ah, eu também já produzia alguns arranjos para a banda do meu pai com 10 anos de idade, ele tinha um aparelho chamado Sequencer que permitia gravar algumas pistas midi e salvar em disquete (é, tem tempo rsrs). Depois dos 12 anos fiquei tocando mais em casa mesmo. Logo depois me formei em uma escola de música aqui da região e tive minha primeira banda de metal em 2001, e nessa brincadeira tive várias bandas, nenhuma quis dar o segundo passo então só ficávamos tocando “perto de casa”. Em 2005 iniciei meus trabalhos de sideman que duram até hoje, é a minha principal fonte de renda, atualmente toco em 6 bandas, bom, atualmente não toco em lugar algum rsrs essa pandemia...Em 2006 entrei para o Imago Mortis para a tour do álbum Transcendental que durou até 2008 quando a banda resolveu parar. Depois de algumas tentativas para voltar, em 2014 o Alex me convidou novamente e então voltamos firmes e fortes. Claro que por conta dos outros inúmeros trabalhos que cada músico tem em paralelo (fora a distância) fica difícil manter uma certa consistência, mas fazemos nossos esforços em nome do metal (mesmo não tendo retorno financeiro algum, infelizmente).
Então, pra concluir, atualmente componho para alguns artistas solo, também faço sessões de estúdio (gravações, direção musical), produção musical bem como mixagem e masterização e, claro, criando meu próprio material para continuar com o Charles Soulz Project.
IMERSA S/A: Vi que há muitos elementos do Rock Progressivo nas composições. Quais suas principais influências para compor?
Charles: Eu ouço tanta coisa distinta que acaba naturalmente virando Rock/Metal Progressivo (haha), pois acredito que seja um dos estilos mais abrangente que conhecemos. Mas, em termos de rock/metal eu acompanho de perto os trabalhos do Neal Morse, Arjen Lucassen, Steven Wilson, Richard Henshall... Sou fã!
IMERSA S/A: Você tem desenvolvido um trabalho significativo no Imago Mortis.Como se deu a sua entrada para o maior time brasileiro de Doom Metal?
IMERSA S/A: As letras são descritas no seu canal do YouTube como " reflexões sobre o despertar da mente e do próprio ser humano, como evolução da mentalidade e crítica social". Você recorreu em algum momento à leituras específicas ou partiu de sua própria percepção da realidade para compor?
IMERSA S/A:Como criou as personagens para a canção Can I Save My Life Again?
Charles: Sempre curti filmes como: Interestelar, Efeito Borboleta, O Predestinado e, claro, a série Dark. então resolvi unir o conceito por trás das minhas letras com esse universo (ou seria multiverso? haha) de espaço-tempo, e o próximo album vai brincar bastante com essas subjetividades. Digo, quem parar para analisar a letra vai ver que o conceito de mudança de mindset (o chamado mindset progressivo – nome sugestivo, hein? haha) continua alí. O desejo de querer voltar no tempo e reparar certos erros. Em “Can I Save My Life Again?” o ouvinte decide se estou falando sobre viagem no tempo ou é apenas um indivíduo a beira da loucura por viver uma vida de arrependimentos.IMERSA S/A: Recentemente tocou com João Bosco e Hamilton de Holanda no #desafiocantodapraya. Como se relaciona com a música brasileira?
IMERSA S/A: Em I Used to Hide do EP ReProg o tema abordado é o medo de tentar fazer algo e falhar. Em algum momento sentiu-se paralisado musicalmente por medo do fracasso? Inclusive a melodia dá um clima bem melancólico à letra. Super recomendo!
Charles: Boa pergunta. Ainda lançarei um album 100% nessa vibe, não sei quando, mas é um desejo.Sobre a sua pergunta, não exatamente. Mas já tive medo de tentar no passado e isso é bem ruim (não façam isso em casa! rsrssrs). Porém em “I Used to Hide” quis tentar dialogar com as pessoas que passam por esse problema, tenho um amigo nessa situação, inclusive (estagnação). Eu meio que tentei dar um grito de esperança nessa música, ao passo que o clima remete ao sentimento vivido.
IMERSA S/A:Quem faz a produção visual dos seus trabalhos?
Charles: No Lyric Video de “I Realize” o Alexandre Cabral (da banda Vingador-RJ) me ajudou, pois não tenho muitas habilidades com edição de video. Em “I Used to Hide” a Gabby Vessoni (banda Fleesh-RJ) quem fez. No mais sou eu mesmo quebrando a cabeça aquí. Mixagem, Masterização... uma correria só! Hahaha... Ser artista independente tem dessas. Queria poder delegar algumas coisas. Mas vamos à luta!
IMERSA S/A: Você reuniu excelentes músicos para executar as suas canções. Como selecionou os seus parceiros de projeto?
E no próximo álbum teremos mais participações, mas não decidi o time ainda. Mas, o novo single já entregou alguns nomes, eles estarão em mais músicas com certeza.
IMERSA S/A: Como produtor, você se dedica exclusivamente aos seus projetos ou este trabalho estende-se à outros artistas?
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